segunda-feira, 8 de março de 2010

MALWEE: (tetra)campeã de uma Superliga muito equilibrada

Mais uma vez, deu a Malwee. E pela 4a. vez em 5 edições da Superliga. Mantendo a base/referência dos anos anteriores (Tiago, Falcão, Lenísio, Chico, Leco), a volta de Márcio e Valdin, contratação de novos jogadores (Bebeto, Índio fixo, Lucas, Bazílio e Bruno Souza), uma comissão técnica extremamente competente (Ferretti, Marcos Morais e João Romano) e, consequentemente, muitas alternativas táticas e comprometimento coletivo, a equipe da Malwee continua quase (felizmente) imbatível.

Além dos aspectos citados acima, o que me chamou mais atenção, dessa equipe, nesta Superliga é a forma como a comissão técnica, estrategicamente, utiliza todas as suas peças, de acordo com as características de cada jogador e necessidades circunstanciais. Sem falar, é claro, do perfeito entendimento que os atletas demonstram ter da sua forma de contribuição. Exemplo: apesar de utilizar, durante a fase de classificação e no início da semi-final, as trocas de 5 em 5 minutos, dos 4 jogadores de linha, para dosagem física neste tipo de disputa, nos momentos cruciais do jogo, assim como é utilizado no handebol, há atletas que atacam (Lenísio e Valdin), mas que saem, quando sua equipe passa a defender, sendo substituídos por outros (Leco e Márcio, respectivamente). E assim, sucessivamente, sempre quando possível.

Logicamente, não se resume a isto o sucesso desta equipe. A alternância de jogo com ou sem o goleiro-linha (Tiago), a alternância das linhas de marcação, a qualidade das bolas paradas e a capacidade de resolução individual de muitos jogadores (principalmente, Tiago, Falcão, Lenísio e Valdin), são outros motivos. Entretanto, o calendário pesado desta equipe (muitas competições), desgaste de seus principais atletas (frequentemente convocados para os compromissos da Seleção Brasileira) e, no caso desta Superliga, o amadurecimento de outras equipes, tais como Umuarama (que perdeu para a Malwee, na semi-final apenas nas penalidades) e, principalmente, do Minas que, na final, teve chances de derrotá-los, podem surpreender a equipe de Santa Catarina. 

Por falar no Minas, deve ser aqui destacada a participação desta entrosada e jovem equipe, nesta Superliga. Na final a equipe do Minas, enfrentou o favoritismo da Malwee, apesar da grande diferença de investimento, com muita coragem e ambição, marcando grande parte do jogo na quadra do adversário, tendo maior posse de bola e boas oportunidades para marcar gols. Apesar de ter tido uma semi-final mais tranquila, o Minas, por ter um plantel, com menos opções de substituições que a Malwee, não teve como aproveitar o desgaste físico do adversário. De qualquer modo, o vice-campeonato da Superliga é um feito inédito para o clube, que teve o artilheiro da competição (Pixote, com 4 gols), além do melhor ataque (17 gols marcados) e da melhor defesa (5 gols sofridos).  

A cada ano esta equipe está subindo um degrau em relação aos seus feitos. No ano de 2009, conseguiu, pela primeira vez chegar às 4as. de final da Liga e foi campeã da Liga Sudeste. A estrutura do clube, a dedicação e competência da comissão técnica (Perdigão, Ziquinho, Hugo e Marcela) e a manutenção dos atletas podem ser considerados os principais motivos desta ascenção, que poderá ser mais uma vez confirmada na Liga Futsal 2010.

Nenhum comentário:

Postar um comentário